A crise climática deixou de ser uma previsão distante: ela já está batendo na porta do setor elétrico. O cenário mudou, e o clima virou o jogo.
Secas cada vez mais longas, calor extremo e chuvas violentas estão mudando completamente a rotina de quem trabalha na linha de frente. O setor elétrico é um dos primeiros a sofrer com essas transformações, e os trabalhadores sentem esse impacto na pele, diariamente.
Um Sistema Pressionado e a Raiz do Problema
A população sente os apagões e as oscilações de energia, mas pouca gente entende a causa raiz desse problema. Estamos lidando com um sistema elétrico pressionado pela crise climática e, principalmente, pela falta de investimentos consistentes em adaptação e prevenção.
Com os reservatórios secando, aumenta o risco de colapso energético e cresce a dependência de soluções emergenciais. O resultado é que a base do sistema fica mais instável. E quem segura essa ponta? São os eletricitários.
Cada Evento Climático, Um “Plantão de Guerra”
Ventanias, descargas atmosféricas e temporais extremos estão derrubando estruturas, rompendo cabos e multiplicando as ocorrências. Para quem está em campo, cada evento climático vira um verdadeiro plantão de guerra.
Quando o clima “enlouquece”, o risco aumenta exponencialmente: são mais urgências, acessos difíceis, estruturas comprometidas e condições inseguras. Enquanto os eventos extremos se multiplicam, os eletricitários lidam com mais ocorrências e menos condições para garantir um serviço que deveria ser estável e seguro.
Neste cenário caótico, a vida do trabalhador fica mais exposta.
Falar de Clima é Falar de Direitos
É preciso deixar claro: falar de clima não é modismo. É defender segurança, é defender uma infraestrutura pública robusta e condições dignas para quem mantém o Brasil funcionando.
Falar de clima é falar de trabalho, de segurança e de futuro. É defender um setor elétrico preparado, público e à altura do desafio que o Brasil já está enfrentando.
A luta por melhores condições de trabalho e pela preservação do setor elétrico é a única forma de garantir que o sistema não entre em colapso e que a vida de quem nos traz a energia seja preservada.



